Yglésio promete construir cinco escolas cívico-militares em São Luís e critica a falta de medicamentos na rede pública de saúde

  • 13/09/2024
(Foto: Reprodução)
Candidato do PRTB também falou sobre transporte público, cooperativa de microcrédito, dentre outros temas. Confira a entrevista na íntegra. Dr. Yglesio, em entrevista ao Bom Dia Mirante Reprodução/TV Mirante O Bom Dia Mirante realiza entrevistas com os candidatos à Prefeitura de São Luís. Nesta sexta-feira (13), o entrevistado foi Dr. Yglésio, do PRTB. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maranhão no WhatsApp Yglésio Moyses, o 'Dr. Yglesio', tem 43 anos, é natural de São Luís e possui formação como médico e advogado. Já atuou como professor universitário, gestor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1), e foi presidente do Moto Club por dois anos. Em 2020, Yglésio se candidatou à Prefeitura de São Luís, mas não chegou ao segundo turno. Atualmente, é deputado estadual no segundo mandato. Durante a entrevista a Clóvis Cabalau, Vanessa Fonseca e Carla Lima, o candidato falou sobre saúde, transporte público, educação, dentre outros temas. Confira abaixo a entrevista em texto e em vídeo: Dr. Yglésio, candidato a prefeito de São Luís, é entrevistado no Bom Dia Mirante Pergunta: Nas suas propostas de governo, o senhor apresenta uma possibilidade de um consórcio intermunicipal para o transporte público. A gente sabe que, nos municípios vizinhos aqui de São Luís, o transporte é feito pelo governo do estado, o sistema de transporte. O senhor acredita que é possível esse diálogo com as demais prefeituras? Elas têm recurso para isso, sendo que a prefeitura de São Luís é que tem a maior parte do sistema? - Olha, 80% do sistema é o dito urbano, 20% é o semiurbano, mas vamos pensar. Quantas ruas aqui em São Luís acontece a situação estranha de ser, de um lado São Luís, do outro lado Ribamar, lá no final da rua já é Paço do Lumiar. Isso acontece com frequência. Então assim, nós detemos aproximadamente ali 70%, 80% da população da ilha. Então, um consórcio, o que é que ele é bom? Ele é bom porque ele cria ações integradas. Da forma que São Luís existe hoje, ela não tem plano de mobilidade urbana. Mas não dá para pensar um plano de mobilidade urbana em São Luís sem considerar os outros municípios, a Raposa, Paço do Lumiar, Ribamar. Lá na frente, nós integrarmos com a totalidade, com os 13 municípios da Região Metropolitana estendida, que vai lá pegar Icatu, tudo isso aí. Por que? A gente recebe ônibus, micro-ônibus, vans o tempo todo desses municípios. Elas terminam impactando o trânsito daquela região onde elas chegam. Então assim, as ações têm que ser pensadas em coordenação. Diferente da atual gestão, que só descobriu que precisa de um plano de mobilidade urbana da cidade no final do mandato, a gente vai fazer desde o início considerando, primeiro, a Região Metropolitana da ilha; e segundo, estendendo esse diálogo. A Prefeitura de São Luís, óbvio, é a líder do processo por conta do tamanho, da pujança, da preponderância econômica; e vamos, claro, fazer um transporte público que entenda as situações de cada local e, obviamente, entregue muito mais serviço. Não adianta fazer como o prefeito fez, que aumentou cinco vezes o que pagava de subsídio e hoje nós temos menos ônibus nas ruas. Pergunta: O secretário municipal de Saúde fala de um déficit na saúde de 400 mil por mês e a sua proposta de governo fala em racionalizar, em cortar também, reduzir um pouco os custos com a saúde. Se está faltando, como é possível racionalizar, gerenciar esses recursos? Em quais áreas o senhor pensa? - Eu acho que houve algum tipo de incompreensão porque em nenhum momento no meu plano de governo eu falo em reduzir recursos da saúde. Racionalizar os mecanismos de acesso, por exemplo. Hoje você precisa de uma consulta, aí o que você vai fazer? Você vai num posto, porque esse modelo é cubano. Você vai num posto de saúde, pega um encaminhamento para um especialista, esse encaminhamento demora meses para marcar a consulta, vai no especialista, ele te pede o exame especializado, vai marcar de novo no Cemarc, mais 3, 4 meses, quando consegue, aí você fez o exame. A partir dali, praticamente um ano depois, se você tem câncer, ele avançou. Se você tem uma doença cardíaca, corre o risco de você morrer no meio do caminho. A mortalidade cardiovascular no Estado do Maranhão - e São Luís é a líder disso, nesse processo que é aqui onde tem o maior atendimento de urgência cardiovascular - dobrou nos últimos quatro anos. Então não estranhe, as pessoas estão infartando mais porque a assistência ao infarto, ela caminhou para trás. Eu sou médico cirurgião desde 1998. No segundo semestre, eu estou dormindo ali no chão, no Socorrão, como acadêmico. Quem está ali acompanhando, tem gente de Socorrão essa hora, você se lembra de como eu dormia na Sala 7, um chãozinho frio de concreto com um lençol ali. Então, conheço fio que utiliza no Socorrão à medicação que estava faltando ontem no Socorrão 2, o omeprazol para úlcera e sangramento digestivo, o edema agudo de pulmão, a furosemida que estava faltando, o luftal para o paciente que estava com gases, e para quem está com infecção hospitalar, a ceftriaxona. Então, assim, saúde, eu sou Doutor pela Universidade de São Paulo em Saúde. Não tem nenhuma dessas outras candidaturas que consiga enxergar o sistema como nós. Pergunta: Candidato, o senhor fala de uma proposta de criação de novas unidades hospitalares em São Luís, no seu programa de governo. Mas, São Luís realmente precisa de novas unidades hospitalares? Detalhe, o senhor cita, em parceria com empresas para construir, mas e para manter essas unidades? - Vamos lá. Eu falo de dois pontos em relação aos leitos hospitalares. Primeiro, o novo hospital de urgência. É você que está me assistindo pensar. Você planejou comprar um apartamento com dois quartos na sua vida quando casou. Aí o que aconteceu? Você teve cinco filhos. Dois quartos não dá certo. Então o que acontece? Hoje, em São Luís, apesar do prefeito dizer que está fazendo um novo Socorrão II, não é verdade. Ele vai fazer com os mesmos leitos que existem. O Socorrão I, quem aumentou em 10 leitos a capacidade, fui eu, o papai aqui. Então assim, são os leitos de urgência e emergência do ano em que São Luís tinha 700 mil habitantes. Hoje nós temos 50% a mais. Se a quantidade de moradores na casa aumentou, a rede precisa aumentar. Então, não tem outro caminho que não seja construir um hospital. Qual é a alternativa mais barata e mais rápida para atender a demanda? Comprar o HCI, aquele hospital que o Estado está entregando, que os médicos não têm mais condição de gerir o hospital e está ali a preço de banana para ser comprado. Eu, por exemplo, com o dinheiro desse viaduto, de R$ 32 milhões, podia quitar a dívida do Banco do Nordeste, dessas pessoas. Então assim, o que é mais importante? Um viaduto que está melhorando um pouquinho o trânsito, ou um hospital para salvar muitas, muitas e milhares de vidas. Em relação ao segundo ponto, a maternidade. Olha, o Braide, no ano de 2020, precisamente no dia 22 de outubro, prometeu que ia reabrir a Maria do Amparo. Quatro anos se passaram e ele não abria a maternidade. Agora ele fala em fazer uma maternidade. Eu vou fazer uma maternidade de 100 leitos, com 15 leitos de UTI, porque precisa da participação no município na urgência e no alto risco neonatal. Pergunta: Candidato, o senhor fala que, na sua gestão, caso seja eleito, vai haver escolas cívico-militares. O senhor acredita que esse é o melhor modelo? O senhor colocaria os seus filhos para estudar em escolas cívico-militares? - Eu quase coloco meu filho esse ano porque ele estava meio que sem rumo, e ele tem uma dificuldade de entregar, em relação a estudos, apesar de ser um menino maravilhoso. Então assim, eu ia colocando, só não coloquei por conta da distância geográfica. Eu moro no Araçagy ainda. Então assim, o meu filho é elegível para a escola civil-militar. Por quê? Disciplina, civismo, compromisso com as aulas e, claro, acompanhamento integral. Ela custa um pouco mais caro, mas nós somos o produto das cinco pessoas mais próximas a nós. Se você anda com uma pessoa usuária de droga, com cinco usuários de droga, dificilmente você não vai ser. Você está em um ambiente que te estimula a ir melhor, a direcionar a vida numa maneira correta, você vai ter uma influência melhor. Pergunta para pai e mãe de filho em escola cívico-militar. Teu filho vai sair da escola? Eles começam a chorar. Então assim, vamos fazer cinco porque nós queremos criar e vamos criar um padrão alto de educação no município que vai ser copiado pelas outras escolas, porque o exemplo arrasta. O senhor tem um minuto para suas considerações finais - O prefeito veio aqui neste programa e contou exatas 41 mentiras. Desculpa, ele criou 14, 41 foi na rádio. Então assim, eu sou o único candidato de direita dessa eleição. Por quê? Porque o Braide, apesar das pessoas não estarem vendo nossa campanha porque fizeram questão de tomar nosso tempo de TV, nós estamos defendendo ideias que são alinhadas à direita. Ideias que a maioria das pessoas nem sabe que são de direita. Proibição de droga em espaço público, criação de uma rede contra o aborto para evitar os mais de sete mil abortos que tem em São Luís a cada ano. A questão das escolas cívico-militares e muitas outras. Em relação à redução de tributo, cooperativa de microcrédito para feirante, que hoje são vítimas de máfias colombianas e de chineses. Acabaram a Rua Grande, acabaram o Centro Histórico. Eu sou Yglésio, de direita. Bolsonaro vem aqui dia 23 de setembro, chega às 11 horas, nós vamos sair do aeroporto em carreata e ele vai pedir voto pra mim aqui em São Luís, como eu peço voto agora pra você, Yglésio 28.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/eleicoes/2024/noticia/2024/09/13/yglesio-promete-construir-cinco-escolas-civico-militares-em-sao-luis-e-critica-a-falta-de-medicamentos-rede-publica-de-saude.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Anunciantes